Carol Peres
Folia CulturalChama Verequete, ê, ê, ê,
Chama Verequete, ô,ô,ô,ô
Chama Verequete, ruuum
Chama Verequete, Oh! Verê
Oi chama Verequete, Oh! Verê
Os tambores e curimbós soam mais tristes em Belém. As saias já não rodam tanto. O pés estão parados e a voz do grande mestre vai ficar na memória de todos. Assim como a letra da música onde o carimbó nunca morre, ele canta pela última vez mas vai se eternizar na cultura popular.
No inicio da tarde de ontem, terça-feira (3), foi anunciada a morte de Augusto Gomes Rodrigues, o Mestre Verequete. Aos 93 anos e internado há seis dias, o último boletim médico divulgado pelo hospital informava que o quadro de Verequete tinha evoluído de uma pneumonia grave e insuficiência respiratória aguda para uma infecção generalizada.
Durante toda a madrugada, no Theatro da Paz, Verequete recebeu suas últimas homenagens de famíliares, fãs e seguidores do mestre do carimbó. O enterro está programado para hoje às 16h, no cemitério Parque das Palmeiras.
Mestre Verequete fez história e ajudou a concretizar o carimbó como cultura paraense, chegou a gravar 10 discos e quatro CDs em sua carreira. E este ano foi homenageado pela Secretaria de Cultura do Pará, que deu na edição de 2009 deo Prêmio de Cultura Popular, o nome Edição Mestre Verequete.
"O Carimbó não morreu.
Está de volta outra vez.
O carimbó nunca morre.
Quem canta o carimbó sou eu"
História
Verequete, nasceu na localidade de Careca, próximo à Vila de Quatipuru, em Bragança, no dia 26 de agosto de 1916. Aos três anos, após perder a mãe, mudou-se com o pai para Ourém, onde iniciou sua trajetória artística, no terreiro da negra "Piticó".Cantor e compositor de carimbó, Verequete foi um dos primeiros divulgadores do ritmo nos subúrbios de Belém. Organizou o conjunto "O Uirapuru", em Icoaraci, e gravou seu primeiro disco em 1970, reunindo uma série de temas de carimbó.
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