sábado, 10 de outubro de 2009

Romaria Fluvial: a benção pelas águas

Por Carol Peres
Folia Cultural

No segundo dia do Círio, a Romaria Fluvial reuniu cerca de 200 embarcações de pequeno e grande porte, e mais de 500 mil pessoas nas orlas de Icoaraci a Belém.



A Imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré saiu do município de Ananindeua e por terra foi até a Vila Sorriso, no município de Icoaraci. De lá, retornou para Belém pelas águas da Bahia do Guajará, renovando a fé e emocionando os fiéis que acompanhavam a procissão.

A cada parada, o choro contido dos romeiros se derramava como um gesto de amor e agradecimento. Ruídos de orações e palmas se misturavam aos fogos para homenagear a Mãe que passava por ali. É o momento de agradecer e receber a benção.

"A emoção é muito grande. Não tem explicação. Só quem vive e sente esse momento pode entender o que é a fé na Virgem de Nazaré", disse Ivete Lúcia, que veio de Brasília para assistir de perto o Círio de Nazaré, uma das maiores romarias do mundo.

Na Escadinha do Cais do Porto, a Imagem foi recebida com uma chuva de pétalas de rosas e revista do corpo de oficiais da Marinha. Como de costume, ex-arcebispo de Belém Dom Orani João Tempesta, levou a Peregrina mais próximo dos fiéis para que possam cumprimentá-la e orar.


Na descida, uma salva de fogos de artíficio fez as últimas homenagens da Romaria Fluvial e deu início à motoromaria, que leva a Imagem até o Colégio Gentil Bittencourt, no bairro de Nazaré. Na Basílica Santuário, os romeiros fazem uma celebração à imagem original de Nossa Senhora de Nazaréna encontrada pelo pescador Plácido há mais de 300 anos.  Aproximadamente 14 mil motoqueiros e mais de 30 mil pessoas acompanham a romaria por um percurso de 2,6 quilômetros.

A imagem fica no Colégio Gentil até o início da noite de onde sai para a Trasladação até a Catedral da Sé.

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